Nesse período de eleições o tema educação sempre vem à baila e eu, na minha imensa insignificância fico a perguntar: será que a educação existe mesmo ou é só um fardo que o Estado carrega e utiliza nessas épocas.
Não precisa ser gênio para ver que as coisas não vão bem. No estado de São Paulo, disfarçada sob o nome de PROGRESSÃO CONTINUADA abriga uma verdadeira farsa, um desrespeito à inteligência dos pais e alunos e ao bolso do contribuinte, que deveria ser chamada na verdade de APROVAÇÃO AUTOMÁTICA.
Conversando com alguns amigos professores, procurei entender como funciona, na prática essa política de progressão continuada. Basta o aluno ter 75% de frequência para ser aprovado. Ele não precisa aprender nada, pode ser analfabeto, mas tendo 75% de frequências às aulas ele está aprovado. Somente no final do ciclo, equivalente à 8ª série, é que ele pode ser reprovado, mas ainda sim, só depois de esgotados todos os recursos burocráticos que o estado impõe. E um detalhe importante: ele só pode reprovar a 8ª série uma vez, então, se ele reprovou uma vez, no ano seguinte ele pode não fazer nada em sala de aula, pode não aprender nada, pode ser analfabeto, que tendo os 75% de presença, será aprovado.
E se por acaso não obtiver os 75% de frequência às aulas, será automaticamente reprovado?
Pasmem. A resposta é NÃO. Se o o aluno exceder o limite de faltas, o professor é obrigado,
segundo a legislação, a dar trabalhinhos de compensação de ausências. Trabalhos que o aluno faz porcamente, mas o professor, para evitar represálias de diretores, coordenadores e supervisores de ensino, acaba aceitando e compensando a ausência do aluno, que "passará de ano", mas não terá a menor condição de concorrer no mercado de trabalho. Será mão-de-obra barata, nada mais que isso.
segundo a legislação, a dar trabalhinhos de compensação de ausências. Trabalhos que o aluno faz porcamente, mas o professor, para evitar represálias de diretores, coordenadores e supervisores de ensino, acaba aceitando e compensando a ausência do aluno, que "passará de ano", mas não terá a menor condição de concorrer no mercado de trabalho. Será mão-de-obra barata, nada mais que isso.
Para quem acha que esse problema não é grave, que tire seus filhos da escola particular e os coloque numa escola pública, onde eles serão obrigados a conviver com essa política insana, que o governo PSDB mantém em São Paulo há 16 longos anos.
E nos outros estados?
Não existe a progressão continuada em todos os estados, mas uma educação consistente e de fato é ilusão no setor público. Quem quer dar uma educação de qualidade aos filhos, é obrigado a recorrer à rede particular, cujos preços são exorbitantes. E esse é justamente o maior termômetro de que a educação pública no Brasil é um caos ou uma utopia, quando não é uma farsa, como no estado de São Paulo.
Carmem Ambrósia.
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